Se as instituições internacionais "querem a garantia de que um programa que seja negociado vai ser cumprido então acreditem no novo governo, é mais fiável, dá melhores condições de cumprir esse acordo do que o atual Governo que o país tem", explicou o líder da Oposição.
CDS-PP retira Sócrates do lote das soluções
O líder parlamentar dos democratas-cristãos considera que o Executivo de gestão "ouviu o apelo ao bom senso" e assumiu o papel que lhe cabe nas negociações da ajuda externa. Pedro Mota Soares insiste contudo que José Sócrates “não pode fazer parte da solução" eleitoral.
"Reconheço que o Governo mudou de posição e ouviu o apelo ao bom senso e à institucionalidade. O ministro das Finanças começou por dizer que se recusava a falar com os partidos políticos. Neste sentido, esta é obviamente uma mudança de posição que eu não posso deixar de saudar", declarou Pedro Mota Soares.
PCP aponta descrédito ao primeiro-ministro
Jerónimo de Sousa criticou a indefinição que durante uma semana pairou sobre o papel de comando da negociação da ajuda externa para acusar o primeiro-ministro de não praticar uma "política da verdade".
"Há dois dias proclamava que o Governo não ia negociar a intervenção externa. Hoje, fez-se ao congresso do PS a dizer que o Governo é que vai, afinal, negociar. Quem pode acreditar neste primeiro-ministro que não tem uma palavra, que não tem um compromisso sério, que não tem uma política de verdade", afirmou o secretário-geral do PCP.
BE afasta PS de um consenso de esquerda
Manuel Alegre já defendeu uma solução governativa gerada a partir de um consenso à esquerda. Esta ideia foi porém afastada pelo bloquista Francisco Louçã, que com o seu partido apoiou o socialista nas últimas Presidenciais.
"Estamos abertos a todos os consensos que representem uma alternativa para a economia portuguesa. José Sócrates disse hoje que o seu programa eleitoral é reduzir as pensões, os salários, facilitar os despedimentos", enumerou Louçã, defendendo que "a esquerda que defende Portugal e que quer salvar a economia rejeita a política do FMI".
"Todos os que votaram no PS sabem que José Sócrates conduziu uma política contrária aos seus valores. Os portugueses que foram enganados, já sabem da tragédia social que esta política representa, têm todo o direito de exigir que haja uma política de esquerda, com compromisso, com aliança, para que haja soluções", concluiu o líder do Bloco.
Manhã Show | RTPI
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